O Universo - Eternos Aprendizes
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Estrela de quarks pode conter os segredos do Universo primordial

 

Remanescente de supernova SN 1987A

Remanescente de supernova SN 1987A

Um novo tipo de estrela pode estar oculto nos restos de uma explosão de supernova próxima. Se confirmada, a “estrela de quarks” pode oferecer novas perspectivas para os primeiros momentos do Universo.

Quando uma supernova explode, deixa para trás um buraco negro ou um denso objeto estelar remanescente chamado estrela de nêutrons. No entanto, segundo cálculos recentes sugerem, há uma terceira possibilidade: a estrela de quarks, que surge quando a pressão cai abruptamente pouco antes de se criar um buraco negro.

 

Os astrônomos acreditam que este tipo de estrela se forma após a fase estrela de nêutrons, quando a pressão no interior de uma supernova sofre aumento tão elevado que os nêutrons se desintegram em seus constituintes – quarks. Estes formam um objeto estelar ainda mais denso do que as estrelas de nêutrons.

Observando uma estrela de quarks podemos lançar luz sobre o que aconteceu logo após o Big Bang, porque neste momento, o Universo era preenchido com um denso mar de quarks superaquecido a um trilhão °C. Enquanto alguns grupos têm alegado ter encontrado candidatas a estrelas de quarks, sua descoberta não foi confirmada ainda.

Agora Kwong Sang-Cheng, da Universidade de Hong Kong, China, e os seus colegas têm apresentado evidências de que há uma estrela de quarks formada em uma brilhante supernova chamada SN 1987A (foto), a primeira supernova observada em 1987, cuja luz chegou a Terra em 23 de fevereiro , A supernova SN 1987A é a supernova mais próxima já observada nos últimos 4 séculos, ou seja, desde a SN 1604, a supernova de Kepler, observada pela primeira vez em 8 de outubro de 1604.

 

Essa espetacular sequência fotografada pelo telescópio espacial Hubble nos mostra a colisão da expansão da nebulosa remanescente de supernova com um anel denso de material previamente ejetado pela estrela progenitora 20.000 anos antes da explosão da SN1987A.

Essa espetacular sequência fotografada pelo telescópio espacial Hubble nos mostra a colisão da expansão da nebulosa remanescente de supernova com um anel denso de material previamente ejetado pela estrela progenitora 20.000 anos antes da explosão da SN1987A.

O nascimento de uma estrela de nêutrons é conhecido por ser acompanhado por uma única explosão de neutrinos. Mas quando a equipe analisou dados de dois detectores de neutrinos o Kamiokande II, em Irvine, no Japão e o Michigan-Brookhaven nos EUA – eles descobriram que a SN 1987A teve duas explosões separadas. “Há um tempo significativo de atraso entre [as rajadas registradas por] estes dois detectores”, diz Cheng. Eles acreditam que a primeira explosão foi liberada quando se formou a estrela de nêutrons, enquanto a segunda foi desencadeada segundos mais tarde pelo seu colapso em uma estrela de quarks. Os resultados serão apresentados no The Astrophysical Journal (www.arxiv.org/abs/0902.0653v1).

“Este modelo é intrigante e razoável”, disse Yong-Feng Huang da Universidade de Nanjing, na China. “Isso pode explicar muitas das principais características da SN 1987A“. No entanto, Edward Witten, do Institute for Advanced Study em Princeton, Nova Jersey, não está convencido. “Espero que eles estejam corretos”, diz ele. “Minha primeira reação, porém, é que isto é um pouco mais que um chute a longa distância.”

Na próxima década os observatórios de raios-X de alta resolução poderão ter a palavra final, uma vez que já que estarão observando o espaço. Estrelas de nêutrons e estrelas de quarks devem ser muito diferentes no comprimento de onda de raios-X, diz Cheng.

Fontes e Referências:

ArXiv.org: Could the compact remnant of SN 1987A be a quark star? por T.C. Chan, K.S. Cheng, T. Harko, H.K. Lau, L.M. Lin, W.M. Suen, X.L. Tian

NewScientist.com: Quark star may hold secret to early Universe por Paul Parsons

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2005 YU55: um asteróide de 400 metros vai passar entre a Lua e a Terra em novembro de 2011

No final do ano, em 8 de novembro de 2011, o asteróide 2005 YU55 se aproximará da Terra a uma distância inferior a Lua em relação ao nosso planeta. É importante lembrar que nós já tínhamos dado uma boa olhada neste NEO (sigla para Near Earth Object – Objeto Próximo da Terra) no ano passado: foi em abril de 2010 que o radiotelescópio de Arecibo em Porto Rico capturou uma imagem precisa deste objeto.

Esta imagem feita através de radar do asteróide 2005 YU55 foi gerada a partir de dados coletados em abril de 2010 pelo radiotelescópio de Arecibo em Porto Rico. Crédito: NASA/Cornell/Arecibo.

Esta primeira visão de 2010 foi proveitosa para que os cientistas imediatamente calculassem e provassem que não há risco algum de impacto de 2005 YU55 com a Terra nos próximos 100 anos. Embora a imagem por radar não pareça tão nítida aos nossos exigentes olhos, devemos ter em mente que se trata de um corpo com apenas 400 metros de diâmetro de formato esférico, como podemos ver na imagem acima capturada pelo radiotelescópio de Arecibo, com resolução de 7,5 metros-por-pixel.

 

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55 Cancri e: cientistas reportam novas informações sobre Super Terra que orbita sistema estelar visível a olho nu

O sistema estelar 55 Cancri (55 Cnc) foi um dos primeiros em que se descobriu a existência de planetas extrasolares. O primeiro exoplaneta localizado neste sistema foi anunciado em 1997 e hoje sabemos que o sistema 55 Cancri abriga pelo menos cinco exoplanetas. O exoplaneta mais interior, 55 Cnc e, foi recentemente descoberto através da técnica do trânsito estelar, o que permitiu angariar mais informações interessantes.

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ESO: Teoria planetária foi posta em cheque com a descoberta de 6 exoplanetas retrógrados

Exoplaneta retrógrado WASP 8b. Crédito: ESO/L. Calçada

Concepção artística do trânsito do exoplaneta retrógrado WASP 8b. Crédito: ESO/L. Calçada

Foi anunciada no Encontro Nacional de Astronomia do Reino Unido (RAS National Astronomy Meeting, NAM2010) a descoberta de nove novos exoplanetas através da técnica da observação do seu trânsito. Ao combinar os novos achados com as observações anteriores de exoplanetas em trânsito, os astrônomos ficaram intrigados com o fato de seis deles, uma parte considerável em uma amostragem de 27, orbitarem na direção oposta ao sentido de rotação de sua estrela hospedeira. Assim, estes 6 exoplanetas orbitam na direção contrária ao que presenciamos aqui, com os 8 planetas do nosso Sistema Solar. Estas novas descobertas põem em cheque, de maneira séria e contundente, as teorias correntes sobre a formação planetária. Estas descobertas também sugerem que sistemas que possuem exoplanetas do tipo ‘Júpiter quente’ provavelmente não devem conter exoplanetas rochosos como a Terra.

“Esta notícia é uma verdadeira bomba que lançamos nas ciências planetárias”, disse Amaury Triaud, estudante de doutoramento no Observatório de Genebra que, junto com Andrew Cameron e Didier Queloz, liderou a maior parte da campanha observacional.

O famoso ‘caçador de exoplanetas’ Didier Queloz também afirmou com relação aos ‘Júpiteres Quentes’: “Um dramático efeito colateral deste processo é que ele eliminaria quaisquer outros exoplanetas menores tipo Terra nestes sistemas“.

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Comportamento orbital de Titã pode sugerir a presença de vasto oceano sob a superfície da maior lua de Saturno?

O perfil da enigmática lua Titã aparece neste mosaico construído a partir de 2 conjuntos de 3 fotos cada (3 filtros: azul, verde e vermelho). A Cassini mostra aqui a atmosfera de Titã em destaque. As fotos foram capturadas em 12 de outubro de 2009 a uma distância de 145.000 km de Titã. Crédito: NASA/JPL/missão Cassini

Por sete anos a sonda Cassini tem nos enviado informações importantes de Saturno e suas luas, dados estes que mudaram drasticamente a maneira pela qual entendíamos o planeta ‘senhor dos anéis’ e seus intrigantes satélites. Titã, a maior lua de Saturno e que disputa com Ganimedes (lua de Júpiter) o título de maior lua do Sistema Solar, tem sido um alvo particular de atenção pela missão Cassini devido a sua densa e complexa atmosfera, sua atividade meteorológica e a marcante presença superficial de lagos e oceanos.

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ESO divulga resultados sobre a anã marrom (anã castanha) mais fria já detectada

Ilustração do Sistema CFBDSIR 1458+10. Crédito: ESO

O Observatório Europeu do Sul (ESO) utilizando o Very Large Telescope (VLT), em conjunto com mais dois telescópios, demonstrou que há um novo candidato a objeto estelar mais frio conhecido: uma anã marrom (em Portugal: anã castanha) em um sistema binário com aproximadamente a mesma temperatura que uma xícara de chá recém preparado, quente em termos humanos, porém extraordinariamente frio ao compararmos com a superfície de uma estrela típica. Este objeto estelar é suficientemente frio e se situa na linha ténue que separa as estrelas pequenas e frias dos planetas gigantes e quentes.

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Astrônomos analisam dados do observatório Kepler e estimam que há bilhões de exoplanetas tipo-Terra em nossa galáxia

Dados do observatório espacial Kepler foram analisados pelos cientistas na busca da estimativa de quantos exoplanetas similares ao nosso existem na Via Láctea. Crédito: NASA/JPL/programa Kepler

Cientistas sugerem em nova pesquisa que cerca de uma em cada 37 até uma em cada 70 estrelas semelhantes ao Sol podem abrigar um exoplaneta similar a Terra.

Assim, os pesquisadores sugerem que bilhões de mundos tipo-Terra possam existir na Via-Láctea, a nossa Galáxia.

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Astrofísicos explicam o mistério da inatividade solar de 2008 e 2009

Neste desenho a "Grande Correia Transportadora" (Conveyor Belt, em inglês) aparece como um conjunto de riscos que ligam a superfície estelar com o interior. Crédito: Andrés Muñoz-Jaramillo, CfA de Harvard

Recentemente, durante um prolongado período em 2008 e 2009, o Sol se apresentou praticamente sem as suas manchas solares. Na ocasião os astrônomos ficaram surpresos pois a atividade solar decresceu para os níveis dos mínimos de cem anos, a atmosfera superior da Terra arrefeceu e colapsou, o campo magnético solar se enfraqueceu, permitindo que os raios cósmicos penetrassem o Sistema Solar em quantidade recorde (desde que este evento passou a ser monitorado). A ‘preguiça solar’, contudo, foi um evento notável para os físicos solares que vivenciaram um cenário inédito e indagavam: onde é que foram parar as manchas solares?

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Titã e Terra e seu passado comum

Tanto a Terra como Titã têm atmosferas espessas e ricas em nitrogênio. Qual a razão desta semelhança? Os geólogos planetários agora explicam que ambas foram formadas a partir dos restos de impactos de cometas.

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KOI-730: astrônomos descobrem em dados do Kepler um par de exoplanetas que residem na mesma órbita da sua estrela

 

Impressão artística da estrela KOI 730 e seus exoplanetas "co-orbitantes"

Escondido dentro da enxurrada de informações capturadas pelo observatório espacial de busca por exoplanetas Kepler descobriu-se um sistema exoplanetário com características inéditas! As evidências sugerem que dois dos seus exoplanetas compartilham a mesma órbita em torno da sua estrela. Se a descoberta for ratificada, esta apóia a teoria de que a Terra já partilhou sua órbita com um objeto planetário do tamanho de Marte o qual depois de algum tempo acabou por colidir com o nosso planeta, em evento cataclísmico que originou a Lua (o “big splash”).

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A nebulosa da Gaivota revelada por Michael Sidonio

A Nebulosa da Gaivota - Crédito: Michael Sidonio

Esta larga expansão de gás e poeira iluminada mostra uma paisagem vista do planeta Terra, com o nome sugestivo de Nebulosa da Gaivota (IC 2177).  Este retrato cósmico do pássaro marinho cobre 1,6 graus do céu através do plano da Via Láctea na direção aproximada de Sírius, a estrela alfa da constelação de Cão Maior (α Canis Majoris).

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Kepler-10b: missão Kepler encontra seu primeiro exoplaneta rochoso

Ilustração do exoplaneta Kepler 10b, o primeiro exoplaneta essencialmente rochoso encontrado pela missão Kepler. Kepler 10b dá uma volta completa em torno de sua estrela em apenas 0,84 dias. Sua densidade é 8,8 g/cm³ (a mesma de um haltere de ferro).

A missão Kepler da NASA de busca por exoplanetas confirmou a descoberta do seu primeiro exoplaneta rochoso, catalogado como Kepler-10b. Com 1,4 vezes o tamanho da Terra, é um dos menores planetas com diâmetro confirmado, descoberto fora do nosso Sistema Solar. No entanto,  Kepler-10b tem massa de 4,6 vezes a da Terra e portanto pertence a categoria das super-Terras (*).

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