A descoberta foi feita graças ao telescópio Kepler.
Segundo a agência Efe, os planetas orbitam num sistema baptizado de Kepler-11, que despertou a atenção dos científicos porque é composto por um elevado número de planetas, de pequenas dimensões, e que orbitam muito juntos.
Lançado em Março de 2009, o objectivo do Kepler é recolher dados e provas de planetas fora do sistema solar que andem à volta de estrelas, em condições de temperatura média onde possa existir água líquida, logo vida.
Graças aos dados do telescópio, astrónomos da Universidade da Califórnia analisaram a dinâmica orbital do sistema planetário Kepler-11.
Para determinar o tamanho e a massa dos planetas, a equipa de cientistas estudou as medições realizadas pelo Kepler, que captou a luminosidade alterada da estrela em torno da qual orbitam os planetas quando passam em frente a ela.
Os cinco novos planetas descobertos têm uma massa que oscila entre 2,3 e 13,5 vezes a da Terra e os seus períodos orbitais são inferiores a 50 dias, pelo que orbitam numa região que, em termos de referência, poderia caber na órbita de Mercúrio.
O sexto planeta é maior e está mais longe, pelo que os cientistas puderam determinar um período orbital de 118 dias. A sua massa não pôde ser calculada.
Desde que os cientistas localizaram o primeiro planeta extra-solar, em 1992, foram confirmados 519.
De acordo com a agência AP, num só ano o telescópio Kepler registou 1.235 possíveis planetas fora do sistema solar, dos quais 54 localizados numa zona propícia para a formação de vida
Lusa/SOL