Marte e Júpter
Marte e Júpter

Marte

 

À bilhões de anos atrás, Marte possuía um grande sistema de rios e vales, a riqueza que deveria ter este planeta a bilhões de anos atrás poderia ser igual a da Terra hoje, algumas formas de vida simples já poderiam estar se desenvolvendo no planeta vermelho ( nesta época ele poderia ser ao invés do vermelho de hoje, ser azul como a terra).

 

Mas de repente tudo isso parou, Marte possuía um enorme potencial para abrigar vida, possuía o essencial a água, mas a vida não conseguiu se sustentar. A água em determinado momento começou a acabar, os rios que já formavam uma paisagem parecida com a Terra sumiram, grandes lagos ficaram vazios e a vida acabou.

 

Hoje o que temos é um planeta com uma paisagem parecida com as regiões mais secas da terra, parecendo um verdadeiro deserto, se antes ocorriam chuvas no planeta, hoje elas viraram tempestades de areia iguais a do Saara, na verdade até mais fortes que chegam a cobrir todo o planeta.

 

 

Principais características

 

Distância máxima do Sol ( milhões de Km )
249,1
Distância mínima do Sol  ( milhões de Km )
 206,7
Distância média do Sol    ( milhões de Km ) 
227,9
Diâmetro equatorial ( Km )
6.787
Diâmetro polar ( Km )
6.726
Velocidade orbital ( Km/s )
 24,1 
Volume
15 
Massa
  11
Densidade ( em relação à água )
 3.9
Gravidade
 38
Temperatura ( centigrados )
 - 139/ + 22
Atmosfera
gás carbônico, nitrogênio, argônio
Satélites
2
Translação
687 dias
Rotação
24hs e 37 minutos

 

RIOS E VALES
DO PASSADO

 

 

As sondas Viking 1 e 2 foram de fundamental importância para o reconhecimento do planeta e, foram elas que comprovaram o que já disse acima, Marte um dia teve água, e muita água.
As duas fotos acima são a maior prova disso. A imagem acima a esquerda mostra uma grande ramificação de diversos rios, as marcas estão lá até hoje. A imagem a direita é uma foto mais próxima em Zoom da foto da esquerda, agora a riqueza de detalhes é enorme, podemos ver claramente um grande rio e dele sair um pequeno afluente, isso se repetia por toda a extensão desse antigo rio hoje seco.

 


A quantidade de água era enorme e incalculável. Para mim, com essa quantidade de água que corria em rios como os das fotos acima, que parecem ser pequenos, mas que na verdade chegam a ser maior que o rio Amazonas, a vida já deveria estar se desenvolvendo.
Acredito que nesses rios já existiam as primeiras e primitivas formas de vida, num processo muito parecido com o que ocorreu na Terra a bilhões de anos atrás, a vegetação podia estar se desenvolvendo nos leitos dor rios, por que não?

 


A vida nascia em Marte, sua atmosfera com todos estes fatores também deveria ser bem diferente de hoje. O belo processo da vida poderia estar a todo vapor em Marte.

 

 

Acima a primeira imagem tirada pela Viking após seu pouso na década de 70, o que se vê é um céu escuro e um solo seco com muitas pedras, fica bem claro devido a cor bem escuro de algumas pedras, principalmente as pedras a direita em segundo plano que a maioria delas tem características vulcânicas devido a sua com negra, acredita-se que muitas delas foram lançadas por vulcões que hoje parecem inativos. Abaixo imagens de uma tempestade de areia em Marte.

 

 

A NASA depois de muitos anos voltou a lançar uma sonda que pousasse no planeta, foi a missão Mars Pathifinder/ Soujourney em 1996, mas mesmo com uma tecnologia maior e com um veiculo robotizado que andou pela superfície, o local de pouso foi além de muito próximo a viking muito parecido com as características físicas da região já estudada a 20 anos, por isso muitas imagens não apresentaram novidades em termo de paisagem, isso fico por conta da MCO que vem tirando belas e novas imagens do planeta vermelho. Abaixo alguma dessas fotos.

 

 

 

 

 

 

De todos os planetas do sistema solar, é Marte que possui as características mais próximas  da Terra. Mas além dessas características, existem formações  no  terreno de Marte que são grandes mistérios.
Além da face existem formações idênticas as pirâmides do Egito, algumas são até muito maiores como as da imagem abaixo. A NASA tirou novas fotos da "face" recentemente, e o que se viu era apenas um jogo de sombras e luz em uma montanha, mas as formações em pirâmides continuam sendo um mistério.

 

 

 

 

Sem dúvida as imagens acima são impressionantes, podemos ver claramente uma pirâmide semelhante as do Egito. É importante sempre ao ver imagens como essa, não ir logo de cara acreditando em notícias que buscam ser sensacionalistas, pois podem ser formações naturais.
Nós astrônomos amadores podemos ver facilmente Marte a olho nu, mas em algumas épocas, quando fica muito distante da terra ou quando fica atrás do Sol, fica impossível observá-lo

 


Mas o ano de 99 será muito bom para observá-lo, ele estará muito perto da terra e com um telescópio refletor de 114mm você já pode começar a observar o planeta e seus detalhes.
Diferente dos gigantes gasosos, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, e também o planeta Vênus, que não pertence ao grupo dos gigantes gasosos mas que assim como eles, são cobertos com uma camada de gás. Marte é o único globo, além da Lua é claro, que podemos estudar a sua superfície  e sua topografia.


Ou seja, você não vai estar vendo um monte de nuvens que encobre o planeta, será possível até se determinar um Meridiano Central.
Aqueles "canais" que no passado o Astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli via
e achava que era formação de seres marcianos você poderá ver, mas ai será necessário utilizar um bom refletor de 150 a 200mm ou mais.


As manchas no terreno também aparecem, e suas calotas polares são bem visíveis, sendo constituída de dióxido de carbono ( gelo seco ), quando estiver no inverno você poderá notar um aumento acentuado dessas calotas e com isso você pode estipular as estações do ano.


Esses estudos são muito bons, lendo livros nos aprendemos isso tudo, mas é nas observações que você aprende mesmo, observando atentamente as mudanças do planeta, assim como faziam os antigos astrônomos, é muito mais emocionante estudar o planeta assim do que somente ler.


Você em suas observações pode notar manchas escuras no planeta, são chamadas de " mares ", na verdade são manchas de areia e pó que se deslocam com os fortes ventos da superfície do planeta.

 

 

Júpiter

O maior planeta do sistema solar, mil vezes maior que a Terra, Júpiter é um dos gigantes gasosos, constitui um globo envolvido de pó e gás hidrogênio, estando numa fase de evolução muito atrasado, parecido com a Terra no início de sua formação. Abaixo imagem dos anéis de Jupiter, bem tênues, tirados pela sonda Galileo.

 

Júpiter tem seus valores de massa, diâmetro e volume muito maiores do que qualquer planeta do sistema solar, mas mesmo gigante, sua massa é muito pequena, sua densidade é 4 vezes menor do que a Terra!!, ou seja, muito pouco superior a água, isso se explica porque ele é um planeta praticamente formado de gases!

 

 

Encontrado um planeta maior que Jupiter.

 

Estudos demonstram que que o planeta emite muito mais energia do que ele recebe do Sol, o fortíssimo calor interno do planeta nem chega a aquecer as mais altas atitudes da atmosfera. As missões Voyage estudou e revelou que as linhas claras e escuras tem origem em distúrbios em sua atmosfera, uma delas é a maior tempestade do sistema solar, chamada de grande mancha vermelha, maior que a própria Terra, é causada por um forte distúrbio na superfície do planeta, que força a atmosfera espessa a circular sobre ele.

 

 

Acima temos varias fotos, essas fotos podem ajudar a você a entender o tamanho do planeta, a três primeiras fotos em seqüência mostram uma comparação e a órbita de um satélite chamado Io fazendo sua translação ao redor do planeta, veja a comparação do planeta ao fundo com a Lua Io em primeiro plano e, sua sombra projetada no planeta! A pequena foto em destaque mostra a lua Io, e a seta indica indícios de atividade vulcânica na Lua, uma pluma de fumaça e lava aparece !

 

Principais características

 

Distância máxima do Sol ( milhões de Km )

815,7

Distância mínima do Sol  ( milhões de Km )

740,9

Distância média do Sol    ( milhões de Km )

778,9

Diâmetro equatorial ( Km )

142.800

Diâmetro polar ( Km )

133.400

Velocidade orbital ( Km/s )

13,1

Volume ( relação À terra )

131.600

Massa ( relação à terra )

31.790

Densidade ( em relação à água )

1,3

Gravidade

264

Temperatura ( centigrados )

-150

Atmosfera

hidrogênio, hélio

Satélites

16

Translação

12 anos

Rotação

10 horas


Hubble Views Ancient Storm in the Atmosphere of Jupiter

 

Satellite Footprints Seen in Jupiter Aurora

 


 Júpiter é praticamente um sistema solar em miniatura, possui 16 satélites, 4 dos quais podemos ver aqui da Terra, são os chamadas satélites Galelianos, descobertos por Galileo e onde se baseou para confirmar que a Terra girava em torno do Sol.

 

 

 



São eles Europa, Io, Ganimedes e Calisto.
O que vemos na verdade quando olhamos Júpiter é a sua atmosfera, o planeta esta envolvido nessa camada gigantesca de poeira e gás, entre essas nuvens existe um globo que é impossível de ser visto, mesmo fato ocorre com Saturno, Urano e Netuno.

 

 


 

 

 

Uma das principais características de Júpiter é a sua grande mancha vermelha, visível com um telescópio refletor de 110mm já se pode observá-la. Trata-se de uma região com muitos distúrbios na superfície do planeta, que força a atmosfera espessa a circular sobre ele. Mas essa é uma das muitas teorias à respeito da mancha vermelha.

 

SEUS SATÉLITES:

 

Atualmente uma das coisas que mais chama a atenção dos astrônomos do mundo todo são as Luas de Júpiter, a sonda Galileo desde 1994 estudando as principais luas de Júpiter, uma delas é IO, é o globo que apresenta a maior atividade vulcânica do sistema solar.

 

Atualmente uma das coisas que mais chama a atenção dos astrônomos do mundo todo são as Luas de Júpiter, a sonda Galileo desde 1994 estudando as principais luas de Júpiter, uma delas é IO, é o globo que apresenta a maior atividade vulcânica do sistema solar.

 

 

Nessa foto acima de Io, podemos ver claramente a atividade vulcânica, cada ponto vermelho representa um vulcão em erupção, suas proporções são muito maiores do que qualquer atividade vulcânica da Terra. Abaixo, mais fotos de Io.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas de todas as luas de Júpiter, é Europa que guarda as maiores surpresas. Desde as voyagers já se acreditava da existência de água na lua, mas foi com a atual sonda Galileo que a informação se confirmou.
   O melhor de tudo é que, abaixo de uma camada espessa de gelo, pode existir um enorme oceano e, com isso, poderia existir vida!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que temos agora é uma grande seqüência da Lua Europa, esta lua é a que desperta atualmente a atenção de diversos astrônomos, pois, sua constituição de gelo, pode esconder abaixo de sua espessa camada de gelo, um gigantesco oceano de nada mais de 100Km de profundidade. O fundo desse oceano, poderia estar sendo esquentado por gases quentes que podem sair de orifícios no fundo do mar, algo semelhante ocorre aqui na Terra.

 

 

 

 

 

 

Acima, uma foto não muito detalhada, nela já podemos ver o gelo e algumas estrias que estão mais detalhadas abaixo.

 

 

 

 

 

 

Essa seqüência de faixas, que mais parecem uma rodovia mas obviamente não é, são causadas por causa da água quente que emana do subsolo ou do oceano abaixo, a água passa pelo gelo derretendo-o e vai para as laterais, formando uma linha central e duas saliências laterais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acima, uma imagem de alta resolução tirada pelo sonda Galileo que atualmente sobrevoa as luas,a riqueza de detalhes é enorme, podemos ver com detalhes as estrias.

 

 

 

 

 

 

Acima, uma região que parece que se derreteu e depois, se congelou, ou sofreu distúrbios localizados, parecido com um lago.

 

 

 

 

 

 

Essa imagem colorida mostra detalhes maiores das estrias, a proximidade com o planeta Júpiter também pode causar em Europa o mesmo que ocorre em Io, ou seja, o planeta expande e se contraí, em Io isso causa atividades vulcânicas e, em Europa pode estar causando algumas dessas fissuras no gelo.